Visão geral
A travessia Baependi x Aiuruoca fica situada no sul de Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira, ao norte do Parque Nacional de Itatiaia. Ao longo dos seus 37 Km de extensão, atravessa as áreas do Parque Estadual da Serra do Papagaio e da RPPN Serra do Papagaio – Matutu. Sua altitude varia dos 1.272 metros aos 2.228 metros, percorrendo florestas ombrófilas e campos de altitude. Os aclives e declives acumulados são muito semelhantes, em torno dos 2.840 metros. Porém, quem quiser alcançar o cume das principais formações da região precisará fazer alguns desvios do caminho principal, o que, naturalmente, aumentará, tanto a distância total a ser percorrida, quanto o desnível acumulado.
Os principais cumes acessíveis a partir da travessia são o Pico do Chapéu, o Morro do Cruzeiro, Pico do Chorão, Pico do Canjica (ponto mais alto, com 2.228 m), Pico do Tamanduá, Castelinho, Pico do Santuário e o Pico do Papagaio. Com exceção do Morro do Cruzeiro, todos necessitam algum tipo de desvio do trajeto principal. O acesso ao Castelinho exige o menor desvio enquanto o Papagaio (um dos principais atrativos da região) exige o maior desvio. Além das montanhas, a travessia passa também pela Cachoeira do Juju e do Charco. Na primeira, o acesso é apenas à parte superior, não sendo possível nem visualizá-la de frente. A segunda é interceptada na parte superior, mas é possível visualizá-la de frente e descer até o poço através de um curto desvio. Fora esses pontos de destaque, o visual de todo o trajeto é muito bonito, sempre com incontáveis montanhas no horizonte e várias quedas d'água ao longe.
Realizamos o percurso no início de agosto de 2022. Apesar de frequentar o Parque de Itatiaia há alguns anos, ainda não conhecia a Serra do Papagaio. Foi uma grande satisfação conhecer mais um lugar tão bonito na Mantiqueira e, sendo apenas minha segunda travessia após a pandemia, teve um gosto ainda mais especial. O percurso foi realizado em três dias, no sentido Baependi → Aiuruoca. Visitamos os cumes do Pico do Chapéu, Cruzeiro, Chorão, Canjica, Castelinho e Santuário. Nosso terceiro dia de caminhada acabou ficando longo demais, e por isso, o Pico do Tamanduá e o Papagaio tiveram que ser deixados para outra oportunidade.
Após essa primeira experiência, minha recomendação seria fazer a travessia em quatro dias, mantendo o mesmo sentido do percurso. Neste formato, acredito que os pontos de acampamento ficarão melhor distribuídos, e será possível aproveitar melhor os atrativos. Existem ainda algumas variações possíveis no trajeto básico da travessia. A alternativa de realizar no sentido inverso não me parece boa, pois seria enfrentada uma subida interminável, logo no primeiro dia. Outra variação seria no ponto de término. Existem algumas alternativas de acesso à região de Aiuruoca. Os dados que registro aqui são referentes à "saída no trutário" (ou pesqueiro). Para mais detalhes do trajeto, disponibilizo o tracklog que gravamos e a carta topográfica que utilizamos.
Regras de visitação
Como a travessia passa por duas unidades de conservação, com administrações independentes, as informações para o visitante acabam ficando dispersas, dificultando o entendimento das regras de utilização e o planejamento. Não foi simples compreender essa divisão e localizar informações confiáveis durante nosso planejamento. O entendimento ficou mais claro depois que conhecemos o local pessoalmente, e também tivemos oportunidade de conversar com um funcionário do IEF e um dos responsáveis pela RPPN. Tentarei esclarecer alguns pontos nessa seção e ao longo do relato.
- O Instituo Estadual de Florestas (IEF) é uma autarquia ligada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). Ele é o responsável, dentre outras atribuições, pela gestão das unidades de conservação estaduais de Minas Gerais. Dentre essas unidades, está o Parque Estadual da Serra do Papagaio (PESP), que abriga 85% da travessia.
- Para realizar a visitação ao PESP (incluindo a realização da travessia), o IEF solicita o preenchimento de um registro de visitação. Esse registro é feito através de um formulário online, disponibilizado na página do PESP no site do IEF. No momento, esse registro parece ter caráter apenas informativo, não ficando clara nenhuma restrição com relação ao tamanho do grupo, datas de visitação ou detalhes do percurso. Além disso, não é cobrado nada pelo acesso, ou pelos pernoites nas áreas de acampamento.
- Os 15% restantes da travessia (trecho de pouco mais de 5 Km situado aproximadamente na metade do percurso) ficam dentro da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Papagaio – Matutu. Sendo uma RPPN, sua administração é privada. As melhores informações sobre a visitação à essa RPPN estão no site da Reserva Matutu. A Reserva Matutu, por sua vez, é uma área de proteção ambiental que abrange a área da RPPN Serra do Papagaio – Matutu, a RPPN da Mata e Campina e outras propriedades, tendo sido estabelecida antes mesmo da formalização dessas atuais RPPNs.
- Para realizar a visitação à Reserva Matutu (incluindo a RPPN Serra do Papagaio – Matutu, que contém parte da travessia), é necessário o preenchimento de outro formulário online. Esse é um formulário de solicitação de acesso, o qual pode ser autorizado ou recusado pela administração da reserva. Nas regras de visitação do site é informado o limite máximo de 15 pessoas por grupo, e a proibição do acampamento dentro da reserva. Na nossa experiência, não houve nenhum questionamento. Pouco depois de enviarmos o formulário, recebemos um e-mail de boas vindas.
Acampamentos
Os pontos permitidos para acampamento ficam apenas dentro do PESP. São eles: base do Morro do Chapéu, Rancho Salvador, Cabana do Charco, Retiro dos Pedros, Base do Papagaio e Terceira Pedra. Abaixo falo um pouco sobre eles e indico, ao lado dos seus nomes, a distância a ser percorrida a partir do início da trilha em Baependi:
- Base do Morro do Chapéu (3,8 Km): Relativamente próximo do início em Baependi, tem pouca utilidade para quem está realizando toda a travessia, e precisará percorrer distâncias bem maiores do que essa por dia. A vantagem é a proximidade da trilha de acesso ao Morro do Chapéu e a presença de um córrego próximo. Encontramos um fluxo de água bem tímido, exigindo um pouco de paciência para a captação e, logicamente, sem nenhuma chance de um banho. Pra completar, infelizmente, encontramos restos de papel higiênico em vários pontos próximos ao curso d'água.
- Rancho Salvador (9,4 Km): Também conhecido como Casa Amarela, é um dos melhores pontos de acampamento. Fica ao lado de um rio com bom poço para banho. No local existe um antigo refúgio de montanha que estava sendo reformado por uma equipe do IEF durante nossa visita. Além disso, fica situado na base do Pico do Chorão, cujo cume é acessível por uma trilha rápida, apesar de bem íngreme, a partir do acampamento. O cume do Chorão é um ponto legal para apreciar o nascer ou pôr do sol. A única parte ruim do acampamento é o terreno, bastante irregular, com poucas áreas livres para barracas.
- Cabana do Charco (15,4 Km): Possui uma cabana rústica para proteção e oferece acesso fácil à água. O acesso rápido à Cachoeira do Charco, a apenas 300 metros dali, é um forte ponto positivo do local.
- Retiro dos Pedros (17,7 Km): Possui um ponto de captação de água para abastecimento, mas não possibilita banho.
- Base do Papagaio (31,3 Km): Não possui ponto de água próximo. Olhando o tracklogs disponíveis na Internet, aparentemente existe um ponto de água a 250 metros dali, seguindo a trilha para o cume do Papagaio. A vantagem óbvia desse ponto é a proximidade a trilha de acesso ao Papagaio.
- Terceira Pedra (31,9 Km): Esse ponto está fora da trilha principal da travessia. A partir do acampamento a Base do Papagaio, deve-se seguir a trilha para acesso ao cume, passar pelo suposto ponto d'água que mencionei acima, e seguir mais 250 metros. Não visitamos esse local pois não tomamos a trilha para o cume do Papagaio durante nossa visita.
- Todos os pontos de acampamento são não estruturados (acampamento selvagem). As únicas estruturas de apoio existentes são as cabanas rústicas do Rancho Salvador e Charco, que mencionei acima. Os terrenos em geral são irregulares e trarão dificuldades para grupos com muitas barracas.
- A área da Cachoeira do Juju (dentro do PESP) é algumas vezes mencionada como ponto de pernoite em relatos e tracklogs encontrados na Internet. O acampamento nesse ponto, no entanto, não é permitido. Conversamos com um servidor do IEF que encontramos no Rancho Salvador, que nos explicou que a área na Cacheira do Juju é pequena, frágil, e próxima demais do rio.
- Outra área mencionada na Internet é área do totem ("Santo Daime"), dentro da RPPN Serra do Papagaio – Matutu. Esse é outro ponto proibido. Conversamos com um dos responsáveis pela Unidade, que conhecemos também durante a travessia. Segundo ele, a proibição se deve ao mau uso dos visitantes, que deixam sujeira no local. Ele explica ainda que a vegetação na área é frágil, de difícil recuperação, e o terreno alagadiço serve de abastecimento para o curso d'água adjacente.
Água e clima
- Assim como em outras atividades de montanhismo no Brasil, o inverno é a melhor época para esse percurso. Nesse caso, a época é particularmente importante por conta das travessias de rio, em especial as travessias das Cachoeiras do Juju e do Charco. Realizamos a primeira sem dificuldades, apenas molhando um pouco as botas.
- Já a Cachoeira do Charco deu mais trabalho. O ponto mais seguro para a travessia fica bem na direção da trilha, afastado da queda d'água. Ali, porém, existem pedras de tamanhos e disposições irregulares, que obrigam o mergulho no rio. Apesar de não chover há vários dias, realizamos a passagem com água acima dos joelhos. Na época de chuvas, com o maior volume e água barrenta, uma corda será bem-vinda para auxiliar a passagem.
- Encontramos água em todos os pontos em que esperávamos. Isso inclui todos os pontos de acampamento (exceto os acampamentos na base do Papagaio) e alguns outros pontos ao longo do percurso, conforme indicados na carta topográfica.
- Não pegamos nenhuma chuva. O primeiro dia de caminhada foi de céu totalmente aberto. No segundo dia, começaram a aparecer algumas nuvens esparsas de altura intermediária. No terceiro dia, surgiram as nuvens mais altas, sinalizando a mudança de tempo que ocorreria nos próximos dias. Durante toda a travessia se fez presente uma névoa considerável no horizonte, que tirou um pouco da definição da paisagem distante, e atrapalhou os pores do sol. A Lua crescente no acompanhou durante a caminhada. À noite, ela insistiu em competir com as estrelas, mas foi perdoada pois seu brilho prateado intenso iluminou nossos acampamentos de forma singular.
- Em torno das 20 horas, a temperatura que registrávamos era de 9°C. O menor registro que fizemos foi no acampamento Salvador, 5°C às 6 da manhã. Ao longo do dia, entretanto, pegamos temperaturas bem mais altas. Chegamos a registrar 30°C às 13:30, no segundo dia de caminhada, tornando o percurso bem mais penoso. Felizmente, no nosso terceiro dia de caminhada, o mais longo da nossa travessia, o sol foi amenizado pelas nuvens e nos poupou alguma energia.
Navegação
- Na maior parte do percurso a calha da trilha é bem definida, não sendo difícil identificar a trilha no terreno. Porém, existem diversas bifurcações e caminhos alternativos, que podem facilmente confundir quem não conhece a direção a ser seguida. Não existem placas indicativas. É recomendável o uso de carta topográfica, e outros instrumentos de navegação, ou contar com o auxílio de alguém que conheça bem o caminho.
- Após o Castelinho existe um trecho em lajes de pedra, ali não é fácil identificar o traçado da trilha, mas existem pequenos totens de pedras bem posicionados. É bom estar atento sempre ao próximo totem. Como a descida é íngreme, este pedaço é mais um motivo para realizar a travessia na época de estiagem.
- O ataque ao cume do Pico do Canjica foi o trecho com orientação mais difícil. A trilha parecia estar sendo bem pouco utilizada. Apesar do trecho ter menos de 500 metros, passamos por floresta fechada, mato alto, bambuzal, e laje de pedra. Em determinado ponto esbarramos em uma parede de capim super fechado e chegamos a pensar em desistir. Mas acabamos identificamos a passagem bela borda do matagal e avançamos pelo trecho final até o cume.
- O trecho final de descida para chegada no trutário passa por algumas pastagens. O local tem trilhas dos animais em todas as direções, ficando bem difícil inferir qual o caminho correto para descida. Ali o GPS foi muito útil.
Hospedagem
- Para quem não vai seguir de carro até uma das pontas da travessia, as duas cidades com mais recursos, mais opções de acomodações, e relativamente próximas da travessia são Caxambu e São Lourenço.
- A sensação que tive durante as pesquisas é que a qualidade das hospedagens em ambas não é das melhores. No Booking existem alternativas até com pontuações elevadas, mas quando você começa a olhar os detalhes (fotos e comentários dos hóspedes), vai percebendo que a pontuação não parece muito coerente. Minha impressão é que, no passado, essas cidades, famosas como estâncias hidrominerais, já tiveram um maior apelo turístico, mas hoje em dia estão desaquecidas, particularmente depois da pandemia.
- Entre as duas cidades, São Lourenço apresentou bem mais opções de hospedagens do que Caxambu. Porém, acabamos optando por Caxambu por ficar melhor situada para o acesso à travessia, além de ser a cidade do motorista que já tínhamos referência prévia.
- Em Caxambu, nos hospedamos no Hotel Lopes, ao preço de R$ 170,00 a diária por quarto duplo. Fomos bem atendidos e a área comum do hotel é bem razoável. Porém, a experiência nos quartos não foi das melhores. Bastante barulhentos, banheiro precisando de uma boa reforma, janelas no primeiro andar voltadas diretamente pra rua, cheiro super forte de água sanitária impregnando o ambiente, toalhas e roupas de cama pedindo aposentadoria. A melhor parte da nossa hospedagem foi a sorte de encontrarmos um ótimo restaurante bem ao lado do hotel.
Logística
- Fizemos os trechos do Rio de Janeiro até Caxambu/MG, e vice-versa, nos nossos próprios automóveis. O trajeto consiste basicamente em seguir a Dutra (BR-116) no sentido São Paulo e, após Itatiaia, tomar a BR-354 até Caxambu. Essa última é mesma rodovia que leva até a Garganta do Registro, no caminho para a parte alta do Parque Nacional de Itatiaia.
- Uma observação sobre a BR-354 é que ela é super sinuosa, mão dupla com apenas uma faixa em cada sentido, poucos acostamentos, alta incidência de nevoeiro e extremamente utilizada por caminhões pesados. Frequentemente você se vê seguindo uma carreta a 20 Km/h, durante quilômetros, sem nenhuma chance de ultrapassagem segura. Uma verdadeira prova de paciência na qual muitos motoristas acabam apostando alto em ultrapassagens insanas. Em uma próxima oportunidade, tentarei estudar um caminho diferente, ainda que precise rodar uma quilometragem maior.
- Durante a travessia, deixamos os carros estacionados na rua, em frente ao hotel em Caxambu. Contratamos o serviço do Diego Fernandes, motorista local, para nos levar de Caxambu até a zona rural de Baependi, e depois nos buscar em Aiuruoca. O Diego foi muito atencioso e divertido. Usou no translado um Sandero Hatch. Inicialmente, ficamos com medo de não caberem todas as mochilas, mas o carro foi a conta certa para o motorista mais os 4 participantes com mochilas cargueiras. O valor total cobrado foi de R$ 650,00. Seguem os contatos do Diego: (35) 99836-3810 / (35) 98811-5943.
- Dessa vez, optamos pela comodidade do transporte contratado nas duas pontas da travessia, mas verificamos que as estradas de terra, tanto nos trechos de Caxambu para Baependi, quanto Aiuruoca para Caxambu, estavam bastante razoáveis. Uma alternativa seria deixar o carros estacionados em uma das pontas, e contratar um único translado.
Dados da nossa excursão
Na tabela abaixo estão resumidos os dados do tracklog gravado na travessia. Segue também o link para download do tracklog: LongoCursoComBr-BaependiAiuruoca2022.gpx
Data | Detalhe | Distância | Tempo | D.M. | G.E.A | P.E.A |
---|---|---|---|---|---|---|
05/08 | Baependi até Rancho Salvador (1) | 9,32 Km | 4:38 | 1279 m - 2011 m | 846 m | 365 m |
05/08 | Ataque ao cume do Morro do Chapéu (2) | 1,69 Km | 1:03 | 1925 m - 2031 m | 130 m | 130 m |
05/08 | Ataque ao cume do Pico do Chorão (2,3) | 0,61 Km | 0:30 | 1749 m - 1837 m | 91 m | 91 m |
06/08 | Rancho Salvador até borda da RPPN (4) | 10,51 Km | 7:04 | 1585 m - 1911 m | 806 m | 655 m |
07/08 | Borda da RPPN até trutário em Aiuruoca (5) | 17,66 Km | 8:52 | 1272 m - 2197 m | 840 m | 1474 m |
07/08 | Ataque ao cume do Pico do Canjica (2) | 1,01 Km | 0:43 | 2143 m - 2228 m | 93 m | 93 m |
07/08 | Ataque ao cume do Pico do Santuário (2) | 0,39 Km | 0:10 | 2135 m - 2161 m | 30 m | 30 m |
TOTAL | 41,19 Km | 23:00 | 1272 m - 2228 m | 2836 m | 2838 m |
Outras dicas e curiosidades
Foto: João do Carmo
- A menos de 200 metros antes de alcançar o acampamento Base do Papagaio, a trilha passa por um ponto chamado de Pedra Quadrada. A enorme face escarpada da rocha me fez lembrar o Half Dome no Yosemite. É um excelente ponto para contemplação e fotografias.
- Analisando os tracklogs e relatos de outras pessoas, notei que na descida final da Base do Papagaio até o trutário existem três locais que me deixaram curiosos para conhecer: Uma bifurcação que tomei errado e começou a seguir na direção de um ponto que o site do IEF identifica como "Pedra do SD". Não encontrei outras referências sobre o local, mas olhando as imagens de satélite parece ser um excelente mirante. Os outros dois são o Poço Azul, e uma cachoeira próxima ao trutário. Quem tiver mais informações sobre esses locais, por favor deixar nos comentários!
- Fizemos toda a travessia contando com um delicioso almoço no final, no trutário em Aiuruoca. Ficamos decepcionados e famintos ao encontrar o restaurante de portas fechadas. Descobrimos que desde o início da pandemia ele não funciona mais como restaurante. Mas a criação dos peixes continua. Então, se alguém quiser levar alguns para casa, ainda é possível...
- Nos relatos da travessia frequentemente encontramos referência ao "Totem do Santo Daime", localizado na RPPN Serra do Papagaio – Matutu. Durante a conversa que tivemos com um dos responsáveis pelo local, ele fez questão de esclarecer que o tal totem não tem relação com o Santo Daime. Explicou que foi instalado na propriedade como parte do projeto de "Acupuntura da Terra". Pesquisando na Internet, descobrimos que o totem é um trabalho de cunho esotérico do artista esloveno Marko Pogacnik. Ele instalou alguns desses pilares de pedra também em outro pontos da região, e tem peças instaladas inclusive em vários outros lugares do mundo.
Publicado em: 21/08/2022
Última atualização: 06/10/2024