Parte I
26/05) Rio de Janeiro → Ibicoara
Em todas as visitas anteriores, acessamos a Chapada Diamantina por Salvador e Lençóis. Dessa vez, sendo nosso foco a parte sul da Chapada, optamos por uma estratégia diferente. Voamos até a cidade de Vitória da Conquista e contratamos transporte para nos levar direto para Ibicoara. Com isso nosso acesso ficou mais rápido, mais barato, e ainda nos livramos do imprevisível aeroporto de Lençóis. Todavia, voar para Vitória da Conquista não foi assim tão trivial. Não existem muitas opções de voo e observamos grande flutuação nos preços. Chegamos inclusive a desistir da viagem por conta de um aumento súbito nos valores. Continuamos acompanhando os preços e, da mesma forma que subiram, caíram de uma hora para outra. Em 21/03 compramos nossas passagens. Ouvimos que um novo aeroporto está sendo construído em Vitória da Conquista. Possivelmente em uma próxima viagem para o sul da Chapada será mais fácil comprar passagens.
Embarcamos às 06:30 no Galeão. Fizemos uma conexão em Confins para tomar um turbo-hélice que nos lembrou as últimas visitas à Lençóis. Durante o voo para Vitória da Conquista sobrevoamos a Serra do Cipó e fiquei feliz ao reconhecer a Serra do Lobo, que me cativou poucos meses atrás, durante a Travessia Alto Palácio x Serra dos Alves. Às 10:35 o turbo-hélice estava pousando no pequeno aeroporto de Vitória da Conquista. Não demorou muito, Léo, nosso motorista, chegou com sua Fiat Doblô para fazer nosso translado. O Léo foi indicado pela pousada Kabana de Pedra (falo mais sobre ela em breve) e nos prestou um ótimo serviço. Além do transporte, o Léo também é guia na região. Ele foi muito atencioso conosco e nos ajudou com muitas informações. Devemos ao Léo também a compra dos cartuchos de gás que usamos na travessia. Como não podemos transportá-los no avião, Léo comprou antecipadamente para nós. Deixo aqui os seus contatos: (77) 99137-1340 e (77) 98110-9772.
Nosso grupo tinha 5 pessoas. A Doblô foi do tamanho exato para o nosso transporte com as cargueiras. A viagem na estrada demorou 3 horas e 15 minutos. Chegamos em Ibicoara às 14:00. Faziam 5 anos que eu não passava por ali. Minha primeira visita a Chapada foi feita em fevereiro de 2014. Naquela ocasião, rodei a Chapada de carro e, em Ibicoara, me hospedei na pousada Kabana de Pedra. Lá, fui muito bem recebido pelo casal Célia e Carlos. No retorno à cidade, não tive dúvidas que deveria repetir a hospedagem. Fiquei feliz de reencontrar os donos e ver que seu negócio continua firme na região. Um dos pontos fortes do local era a comida. E estávamos morrendo de fome.
Durante o almoço conversamos com o Carlos sobre o roteiro da nossa travessia. Carlos nos contou que, recentemente, uma pessoa tinha sido ataca por abelhas na Fenda da Fumacinha. Lembrei que durante os estudos para essa viagem eu havia me deparado com um relato de janeiro, que mencionava a presença das abelhas ali. Como já faziam vários meses, não achei que deveríamos alterar nosso roteiro por isso. Agora tínhamos a notícia de que elas ainda estava por lá... e tinham ferido uma pessoa. Entramos em contato com o Léo para pedir mais informações. Um amigo dele confirmou o avistamento de abelhas, mas sem incidentes. Refletimos bastante sobre os riscos envolvidos e achamos melhor mudar nosso roteiro. Ficamos chateados pois isso significou eliminar a visita à Fumacinha por baixo. Decidimos que ao alcançar a Fumacinha por cima, iríamos sair por Campo Alegre, ao invés de descer para a parte inferior no Baixão.
Nossas cargueiras estavam lotadas e, ao longo dos próximos dias, descobriríamos que nosso percurso seria muito mais duro do que o imaginado. Ao final da travessia, concluímos que a eliminação da Fumacinha por baixo até foi positiva. Deixamos para trás o peso da corda e ferragens que estávamos levando para proteger a descida da Fenda. E ganhamos tempo para incluir no roteiro alguns atrativos adicionais. Nos arredores de Mucugê, conseguimos adicionar a visita a duas belíssimas cachoeiras. E no final da travessia, conseguimos ainda encaixar uma visita relâmpago a um dos principais atrativos do sul da Chapada, ou mesmo, de toda a Chapada Diamantina: a Cachoeira do Buracão.
27/05) Guiné → Cachoeira Tomba Cachorro
Partimos às 06:20 de Ibicoara em direção ao povoado do Guiné, novamente na Doblô do Léo. Chegamos às 8:15 no "Beco do Guiné", ponto de início de uma das trilhas que sobe em direção ao Vale do Pati. Talvez essa seja a rota mais tradicional de acesso ao Pati a partir da região do Guiné. Optamos por ela pois parecia oferecer o melhor custo benefício em termos de distância, paisagem, e facilidade de acesso para o automóvel. Estacionamos num descampado bem amplo, bem no limite do Parque Nacional, aos pés do paredão de rocha que separa as gerais do Rio Preto, na parte superior, da planície ao oeste da Chapada. Nesse horário, o pé da montanha ainda estava todo sombreado pela parede da Chapada, e o vento frio nos incentivava a começar a caminhada o quanto antes. Às 08:25 tomamos a trilha, que já se inicia subindo o paredão.
Pouco a pouco ganhamos altitude, e vamos observando Guiné ficando para trás. São cerca de 200 metros de aclive em 1 Km de trilha. Uma subida exigente, principalmente para quem está com as cargueiras preparadas para os próximos seis dias de caminhada. Durante o trecho inicial da trilha, cruzamos com uma mula levando suprimentos para o Pati, além de dois ou três caminhantes, aparentemente, guias locais. Seriam as únicas pessoas que encontraríamos até alcançarmos Mucugê. Às 10:00 cruzamos o Rio Preto. Nossa expectativa era encontrar um rio caudaloso, mas nos deparamos com um córrego que, não fossem os dados de navegação, não identificaríamos como um dos principais rios da região. No dia seguinte em Mucugê, ouviríamos histórias de pessoas que ficaram presas nas suas margens aguardando a correnteza baixar para realizar a travessia. Ou seja, a dinâmica das águas não deve ser desprezada por ali.
Mais 35 minutos de caminhada, chegamos ao famoso Mirante da Rampa. Fiquei muito feliz de reencontrar este local super especial, que conheci na travessia de 2015. O céu estava bastante nublado, prejudicando um pouco as fotografias. E ventava gelado! Temperatura em torno dos 23°C. Fizemos um lanche contemplando o visual incrível e seguimos viagem. Não sabíamos exatamente onde seria o nosso pernoite. Nossa meta era alcançar Mucugê ao final do segundo dia. Para chegar lá, precisaríamos vencer 38 Km de caminhada, uma média de 19 Km por dia. Não tínhamos nenhuma referência sobre bons pontos de acampamento para nossa noite. Sabíamos apenas que estaríamos seguindo o curso do Rio Preto, o qual ficaria a uma distância entre 200 metros e 1 Km da trilha. Não morreríamos de sede, mas essa distância estava longe de ser conveniente para o acampamento, ou mesmo para reabastecimentos ao longo do percurso.
No tracklog tínhamos nove indicações de córregos distribuídos ao longo da trilha, até o ponto onde seria a metade do caminho até Mucugê. Porém, não tínhamos nenhuma garantia da qualidade desses dados, ou das condições dos tais córregos. Nossa aposta era caminhar a maior distância que conseguíssemos e encontrar água no córrego mais próximo. Vencida a subida inicial a partir do Guiné, a caminhada pelas Gerais do Rio Preto foi bastante agradável, com temperaturas amenas, sol entre as nuvens e belas vistas dos descampados com montanhas no horizonte. Já conhecíamos o trecho entre o Mirante da Rampa e a Toca do Gavião, percorrido na viagem de 2015. Esse é um trecho mais usado, e a trilha está bem definida no solo. Dali para frente, se faz necessário redobrar a atenção para conseguir acompanhar o seu traçado em meio à vegetação das gerais.
Conforme avançávamos, íamos cruzando os córregos sinalizados no tracklog e avaliando suas condições. Para nossa sorte, de fato, os pontos sinalizados correspondiam a pequenos cursos d'água que desciam em direção ao Rio Preto. Nenhum deles estava com água abundante, mas ofereciam o suficiente para um eventual reabastecimento e preparo do jantar. Em geral, o terreno próximo a esses pontos era bastante irregular e com vegetação bem desenvolvida, indicando que a montagem das barracas seria uma tarefa bastante tortuosa. Sempre apreensivos com as condições do próximo córrego, seguimos viagem tentando ganhar a maior quilometragem possível. Eram 15:00 quando alcançamos o penúltimo córrego antes da metade do caminho. Já havíamos percorrido 17,5 Km e se estabelecer para o pernoite já parecia uma opção razoável. Para nossa surpresa, encontramos o curso d'água seco.
Foto: Patrícia Carvalho
Preocupados com o que encontraríamos à frente, seguimos viagem. Aos 18,2 Km de percurso, chegamos ao que seria o último córrego antes da metade do caminho. Encontramos um pouco de água parada, num local péssimo para o acampamento. Indignados com a súbita mudança de panorama, decidimos continuar avançando e apostar na próxima indicação de córrego do tracklog. Com 19,2 Km de caminhada, chegamos a um ponto que foi um verdadeiro oásis para nós. Exceto pelo próprio Rio Preto, foi o curso d'água com o maior volume que cruzáramos até o momento. Continuava a ser um córrego raso e estreito, mas era possível coletar água à vontade e até tomar banho em pequenos poços. O leito era bem rochoso e acidentado. Após ser atravessado pela trilha, descia por uma encosta, em uma espécie de ravina. Certamente com as chuvas, ali se forma um pequena cachoeira (no dia seguinte, numa conversa em Mucugê, iríamos descobrir que o local se chama Cachoeira Tomba Cachorro).
Para completar nossa alegria, em ambas as margens do curso havia bastante espaço para montagem das barracas. É verdade que grande parte do terreno se tratava de afloramentos rochosos onde não seria possível fincá-las no chão. Pelo menos era terreno livre de vegetação, muito melhor do que aquilo que havíamos encontrado até então. E ainda identificamos duas áreas com areia, perfeitas para barracas. Montamos duas num terreno sobrelevado e uma ficou bem ao lado do curso d'água. Curtimos um por do sol maravilhoso, super felizes com nossa locação e satisfeitos por, apesar do cansaço, termos conseguido superar a marca dos 19 Km. Jantamos e ficamos conversando fora das barracas. Estávamos no interior da Bahia, em um ponto isolado mo meio da Chapada Diamantina. O céu estava espetacular, repleto de estrelas, como poucas vezes é possível se observar.
Curtíamos os vaga-lumes e as estrelas quando pouco a pouco uma camada de nuvens tomou o céu. Não demorou para começarmos a sentir os primeiros pingos de chuva. Fazia 21°C. Nos protegemos nas barracas e ficamos acompanhando a chuva. Estávamos preocupados com a barraca que foi montada próxima ao córrego, e com nosso amigo dentro dela. A chuva parou mas enquanto tentávamos pegar no sono voltou com mais vontade. Na primeira oportunidade saímos e fomos avaliar a barraca próxima ao rio, principalmente reforçando a amarração do sobreteto, que teve que ser improvisada por conta do solo rochoso. Finalmente, tudo parecia sobre controle e fomos descansar. No dia seguinte tínhamos pouco menos de 19 Km para serem vencidos.
28/05) Cachoeira Tomba Cachorro → Mucugê
A noite não foi das mais tranquilas, devido as pancadas de chuva que caíram na madrugada. Apesar disso, o curso d'água não se alterou muito e nenhuma barraca foi prejudicada. Às 08:25 retomamos nossa caminhada rumo à Mucugê. A trilha, que já não era trivial desde a Toca do Gavião, nesse dia só fez piorar. Isso porque a vegetação das gerais deu lugar a vegetação mais desenvolvida e intrincada do cerrado. Grande parte do percurso precisou ser vencido afastando a vegetação que dificultava a passagem e/ou encobria a trilha. Apesar disso, com atenção, ainda era possível a identificação da calha da trilha no solo. Nas próximas 48 horas, descobriríamos que essa foi a parte fácil da nossa travessia.
Continuamos a seguir para o sul, sempre acompanhando o curso do Rio Preto. Esse dia nos presenteou com belas vistas das montanhas que vão constringindo o Rio Preto até sua foz no Rio Paraguaçu. Às 10:15 atingimos um afloramento rochoso ligeiramente sobrelevado que nos permitiu pela primeira vez avistar Mucugê. Ainda estávamos a pouco mais de 11 Km lineares da cidade, mas o alinhamento das montanhas às margens do Rio Preto formava um belo corredor que propiciava a visão à distância. Conseguimos identificar algo que certamente era uma torre de telefonia e, de vez em quando, minúsculos pontos brancos se moviam na horizontal: Certamente caminhões na BA-142. Foi interessante estar ainda no meio da parte selvagem da Chapada e, ao mesmo tempo, já conseguir enxergar ao longe nosso objetivo. Uma visão também confortante, já que era a primeira vez que navegávamos naquela região.
Às 13:15, alcançamos o encontro dos Rio Preto e Paraguaçu. Na travessia de 2017 partimos de Igatu e subimos em direção ao Vale do Pati por dentro dos leitos dos rios Paraguaçu e Pati. Foi uma travessia cheia de desafios e paisagens deslumbrantes. Ficou particularmente marcada em nossas memórias as aventuras nos leitos desses grandes rios. Foi emocionante reencontrar o Paraguaçu esse ano. Ali, o Paraguaçu ainda não recebeu as águas do Rio Pati. Ainda assim, seu leito largo e coberto por grandes blocos de rocha são impactantes. Sua travessia, porém, foi bastante simples. Aparentemente as águas correm por passagens subterrâneas, ou ocultadas por esses blocos. Ouvíamos o barulho da água mas apenas parte dela estava visível. Antes da travessia, achamos uma praia e não resistimos a um banho antes de finalizar o trajeto. Já havíamos percorrido 13 Km no dia e sabíamos que o restante do trecho não seria complexo.
Foto: Patrícia Carvalho
Ao atravessar o rio, estávamos dentro da RPPN Adília Paraguassú. Dali até a rodovia percorre-se uma antiga estrada de terra e areia, atualmente transitável apenas de motocicleta. Às 15:00 estávamos chegando na BA-142. Precisávamos ainda percorrer 2,5 Km até o Camping Mucugê, onde passaríamos a noite. Caminhando na estrada avistávamos o corredor de montanhas que deixamos para trás. Horas antes estávamos em algum ponto lá no meio de todo aquele verde, observando o trânsito exatamente na mesma estrada em que andávamos agora. Atravessamos a pequena cidade em direção ao camping. Achamos a cidade muito simpática e bem cuidada. A chuva nos pegou no meio do caminho e apertamos o passo nos metros finais até o camping. Finalizamos o trajeto às 15:30.
Descobrimos o Camping Mucugê através de busca na Internet. Gostamos das informações que vimos no site e da conversa pelo Whatsapp. Ao chegar no local, não nos decepcionamos. Eles possuem amplo espaço gramado para acampamento, banheiros muito bem cuidados e área de cozinha coletiva bastante aconchegante. Fomos muito bem recebidos pelo casal Manuela e Rubens, que mantém o local impecável e são mega atenciosos com todos os hóspedes. Fora a receptividade dos proprietários, fomos também recebidos com grande simpatia e cordialidade pelos demais hóspedes. A maioria deles, já estava instalado ali por um bom tempo com seus motorhomes. Um ambiente muito amistoso.
Foto: Patrícia Carvalho
Uma das nossas motivações para vencer os quase 40 quilômetros de caminhada rumo à Mucugê era jantar uma bela pizza na nossa segunda noite. E realizamos esse desejo em grande estilo. Nos recomendaram a Pizza da Garagem, bem ao lado do camping. Ótima escolha. Jantamos muito bem e fomos descansar com a sensação de dever cumprido. Chegar até Mucugê ao final do segundo dia de caminhada foi nossa primeira grande meta alcançada na excursão.
29/05) Mucugê
Graças ao nosso bom desempenho nos dois primeiros dias e devido a eliminação da Fenda da Fumacinha do nosso roteiro, tínhamos um dia inteiro para explorar os arredores de Mucugê. Pegamos algumas dicas com nossos novos amigos do camping e optamos por visitar as cachoeira do Funil e das Andorinhas. Elas podem ser combinadas formando um único circuito de 12,5 Km a partir do camping. Ambas são quedas do Rio Tiburtino, outro tributário do Paraguaçú. O circuito pode ser feito iniciando-se pela visita à Cachoeira do Funil ou pela visita à Cachoeira das Andorinhas. Ao alcançar qualquer uma delas, utiliza-se o leito do rio para chegar na outra. Nesse trecho de ligação, existem outras quedas menores, conhecidas como as Sete Quedas.
Partimos para o passeio às 08:30. Cruzamos a BA-142 no limite sudeste de Mucugê e tomamos uma estrada de terra por 1,6 Km. Deixamos a estrada e entramos em uma trilha com vestígios da época do garimpo, inclusive uma antiga toca. A trilha começa logo ganhando altitude e então se pode admirar o vale por onde corre o Rio Mucugê, estrangulado pelas montanhas em ambas as margens. Era uma prévia do nosso próximo dia de travessia. Passaríamos a seguir o curso do Mucugê, exatamente por este vale. Às 9:30 atingimos uma bifurcação onde se opta pelo acesso à Cachoeira das Andorinhas ou Funil. Optamos pela segunda. Às 10:05 chegamos à Cachoeira dos Funis. A cachoeira é muito bonita, emoldurada por um cânion. O poço é excelente para o banho e o tempo estava ótimo. Rapidamente estávamos todos nadando.
Às 11:45 nos despedimos da Cachoeira do Funil e começamos a descer o leito do rio. São 1,6 Km saltando de pedra em pedra. O trajeto é simples na maior parte do tempo, mas eventualmente é preciso avaliar qual a melhor estratégia para continuar o percurso sem cair dentro da água. As quedas intermediárias são muito bonitas e com certeza são um atrativo valioso do circuito. Uma hora depois, chegamos na Cachoeira das Andorinhas. No topo da cachoeira há uma corda para proteger a travessia do rio. Imagino que deva ser perigoso quando a corrente está mais forte. Descemos pelas pedras até chegar a parte de baixo da cachoeira. Ela tem uma queda talvez mais bonita do que a do Funil, mas preferimos o poço do Funil para banho. De qualquer forma, as duas são lindas! Foi uma excelente opção de passeio para relaxar e conhecer um pouco de Mucugê. É uma cidade que vale a pena voltar para curtir mais dias.
Retomamos a trilha às 14:05. Chegamos novamente à bifurcação para a Cachoeira do Funil às 14:35. Estávamos de volta no Camping Mucugê às 15:35. Tivemos tempo de sobra para relaxar, lavar algumas roupas para o restante da travessia e bater papo com os amigos do camping. Em algum momento paramos em frente ao mapa da Chapada afixado na parede da cozinha. Era a tradicional carta "Trilhas e Caminhos" que encontra-se a venda por toda a Chapada, e uma das fontes que eu usei para planejar a travessia. Eu mostrava o percurso que estávamos realizando e estranhei não achar a representação da trilha que faríamos nos próximos dias. Eu poderia apostar que havia um traçado de trilha naquele trecho. Mas eu não estava com o meu mapa para comparar, pois preferi levar outras cartas com escala maior. Este mistério iríamos solucionar alguns dias depois. Á noite não resistimos e voltamos à Pizza da Garagem. Uma refeição muito bem vinda antes de voltarmos para o mato.
Publicado em: 22/07/2019
Última atualização: 06/10/2024