Sinalização e orientação
Não existem placas indicativas ou qualquer tipo de sinalização nas trilhas. Existem várias trilhas diferentes para acessar o Vale do Pati e várias trilhas cruzando o interior do vale. É comum se deparar com bifurcações, dentro e fora do Vale, nenhuma delas com indicações claras de onde vêm ou para onde levam. A grande maioria das trilhas porém é muito frequentada e então acabam ficando bem marcadas no solo. Assim, não é difícil se manter nas trilhas, mas é importante contar pelo menos com um bom mapa da região e fazer estudo prévio do roteiro que se pretende fazer, de modo que, ao alcançar as bifurcações, se possa fazer a escolha correta do caminho a seguir.
Dentro do Vale, existem as casas dos moradores e um fluxo maior de pessoas às quais se pode recorrer para tirar dúvidas de navegação. Fora do Vale, praticamente não cruzamos com nenhum outro grupo durante nossa excursão. Fizemos as trilhas com GPS e uma carta topográfica que eu havia adquirido na Pousada Tatu Feliz, no Vale do Capão, quando visitei a Chapada pela primeira vez. Com esses recursos não tivemos nenhum grande problema de navegação. Os únicos pontos que precisaram de uma atenção maior foram a saída do Rancho em direção à ladeira Quebra-Bunda e a chegada no Cachoeirão por cima.
Fizemos o percurso em vermelho.
Cerca de 200 metros após a saída do Rancho, se encontra um terreno enlameado com vegetação cerrada e com bifurcações um pouco confusas. É um trecho curto, mas chegamos a tomar uma direita incorreta por alguns metros e tivemos que retornar para a trilha indicada pelo GPS. Depois, analisando nosso tracklog em casa, verifiquei que tomamos uma trilha que retorna para o Bomba, o caminho feito por aqueles que não querem passar pelo Rancho. Este trecho é um pouco confuso pois existem bifurcações para 4 destinos diferentes: o Bomba, o Rancho, as Gerais do Vieira e as Gerais do Rio Preto. No retorno da excursão, desenhei um mapa do local para facilitar o entendimento das bifurcações.
A trilha para o Cachoeirão por cima é a menos óbvia de todas as que percorremos. Como ela passa sobre vários lajeados, é necessário ter atenção para não perder as trilhas nestes pontos. Nesse aspecto, me lembrou bastante a trilha da Cachoeira da Fumaça por cima (que fiz em uma visita à Chapada anterior). Nas lajes, existiam setas discretas riscadas à mão na própria pedra. Ficamos na dúvida da trilha à cerca de 100 metros do Poço Trampolim, já bem próximo do final. Ali, precisávamos sair da trilha nas lajes e tomar à esquerda entrando numa vegetação mais densa e cruzar um córrego. Havia um tronco atravessado para facilitar a passagem. Ficamos reticentes por alguns instantes mas logo verificamos que a trilha continuava por ali.
Publicado em: 03/06/2016